terça-feira, 6 de julho de 2010

Por Alceu, um amigo antigo meu...

Terça produtiva, muita saliva gasta e palavras bem ditas.
Graças a Deus progredindo e aprendendo que sozinho ninguém chega a lugar nenhum.


Mas vamos lá, eu hoje acordei que nem um amigo meu.
 
Na primeira manhã que me perdi

Acordei mais cansado que sozinho

Como um conde falando aos passarinhos

Como Bumba-Meu-Boi sem capitão

E gemi como geme o arvoredo

Como a brisa descendo das colinas

Como quem perde o prumo e desatina

Como sol no meio da multidão

Na segunda manhã que me perdi

Era tarde demais pra ser sozinho

Cruzei mares, estradas e caminhos

Como um carro correndo em contra-mão

Pelo canto da boca um sussurro

Fiz um canto doente, absurdo

Um lamento noturno dos viúvos

Como um gato gemendo no porão

Solidão

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